- papel;
- documentos criados por processadores de texto (Word, OpenOffice, etc.);
- ficheiros PDF;
- ficheiros de imagem;
- folhas de cálculo;
- apresentações (.ppt, .pptx, etc.);
- ficheiros de edição gráfica (InDesign, QuarkXPress, etc.);
- ficheiros de tipo AutoCAD;
- e um grande etc.
A preparação dos ficheiros tem, quase sempre, três objectivos:
- obter um ficheiro que possa ser editado (e, portanto, traduzido);
- obter um ficheiro que seja facilmente processado pelos programas de auxílio à tradução (Trados, Wordfast, memoQ, etc.);
- obter um ficheiro que, uma vez traduzido, tenha um aspecto limpo e coerente, que satisfaça o cliente.
Vou tentar dar algumas ideias sobre como preparar cada um destes tipos de documentos em artigos futuros, tendo em mente estes três objectivos.
Pergunta importante a fazer ao cliente, logo à partida: quer apenas a tradução do texto ou necessita dum serviço com edição gráfica incluída?
Convém ter em conta o seguinte: um cliente, quando envia um documento, está à espera de receber a tradução o mais parecida possível com o original. Ora, quando o documento nos é entregue num formato não editável (papel, PDF, imagem), convém definir de forma clara com o cliente qual o formato e o aspecto do documento traduzido. Se o cliente necessitar dum documento igual e pronto a publicar, o serviço que pretende é o de edição gráfica, que é um serviço complementar ao da tradução (e, por vezes, só por si, mais caro do que a própria tradução). Se o que o cliente pretende é a tradução do texto, devemos entregar um ficheiro com o texto traduzido, pela mesma ordem em que aparece no original, com os títulos, negritos e itálicos reproduzidos, mas sem necessidade de reproduzir a disposição gráfica de forma exactamente igual ao original.
Numa segunda nota, quando estamos a preparar um documento para tradução certificada em notário, há algumas particularidades a ter em conta, que veremos mais tarde.
Por fim, um aviso a todos os que embarcam neste negócio: os clientes querem, grande parte das vezes, um serviço que vai muito além da tradução — mas não o dizem abertamente (não por má-fé, mas por falta de conhecimento). Assim, é importante deixar bem claro, desde o início, que estamos a prestar um serviço de tradução e não de edição gráfica. Obviamente, se o tradutor puder ajudar o cliente também nessa área, tem tudo a ganhar — mas esse serviço tem um preço, que o cliente deve conhecer (e pagar).